12 junho 2013

Aprendizagem e a afetividade

 Leio e releio Celso Antunes muitas vezes. Seus textos conversam com o leitor o tempo todo e num de seus "pequenos frascos", o autor aborda sobre a aprendizagem e os seus facilitadores.
Na psicopedagogia, nos ocupamos em estudar como se dá aprendizagem. Um processo muito interessante e que depende de alguns fatores para que aconteça de maneira saudável, seja na criança que traz alguma necessidade especial ou não. Então o autor nos diz, que a aprendizagem resulta de uma combinação de ingredientes, que se misturam através da recepção e da troca de informações entre o meio ambiente e diferentes centros nervosos do cérebro.
Explica que o meio ambiente fornece estímulos que são transformados pelo córtex cerebral em sensações, que evoluem para o estágio das percepções e em imagens com significados.
Neste movimento, estes estímulos se juntam a outros saberes que nós já possuímos e evoluem, para o que ele chama de percepção global. Assim temos a assimilação, a aprendizagem e o pensamento.
Mas como mencionei no início para que esta aprendizagem aconteça, alguns facilitadores são fundamentais:

  • a motivação;
  • a curiosidade e a alegria pela descoberta de algo novo;
  • satisfação pela conquista e pelo resultado obtido;
  • um ambiente estimulante e bom;
  • a empatia do professor;
  • o relacionamento com os colegas.
Assim, o conhecimento não se configura como um retrato fiel da realidade, uma cópia de algo, mas uma transformação da informação que chega e a associação com os saberes que já possuímos, e tudo permeado pela afetividade, num processo dinâmico de construir e reconstruir interiormente nossos conhecimentos.

Bibliografia
Antunes, Celso. O Jogo e a Educação Infantil. Fascículo 15. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003. 



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