Quem já não se pegou tendo que administrar tudo isso e sentiu dificuldades? E nossos filhos? Como conseguem separar o joio do trigo e estabelecer suas prioridades na hora de estudar?
Você já se deu conta de quanto o nosso meio e o das nossas crianças, oferecem estímulos diversos o tempo todo, e como temos de nos esforçar para manter a atenção voltada para aquilo que desejamos fazer?
Tanto nas tarefas que desempenhamos no dia a dia, como no caso das crianças e adolescentes em idade escolar, todos nós solicitamos o tempo todo do nosso cérebro, as chamadas habilidades de funções executivas e de autorregulação.
Estas capacidades dependem de funções cerebrais importantes e que são construídas durante toda a nossa infância, adolescência e continuamos a desenvolver na idade adulta.
Permitem controlar nossos impulsos, traçar um planejamento daquilo que temos a fazer e manter a concentração no que estamos realizando.
Especialmente no desempenho escolar, as habilidades das funções executivas ajudam a criança lembrar das etapas e instruções que foram passadas e evitar distrações, persistir diante de um desafio ou a solução de um problema. Bem desenvolvidas, nos permitem que sejamos capazes de tomar decisões, interagir bem em equipe e trabalhar visando metas. Adquirimos o pensamento crítico.
Como pais, estaremos ajudando nossos filhos pequenos no desenvolvimento dessas habilidades:
- quando criamos as rotinas e os rituais que trazem segurança e confiança, na hora de comer, hora de dormir, de brincar, de ouvir uma história;
- quando conversamos com as crianças, mesmo pequenas, situando-as no tempo e no espaço, sinalizando as prioridades nas tarefas, oferecendo-lhes limites claros e objetivos;
- quando gradualmente vamos dando aos nossos filhos, a oportunidade de realizarem algumas tarefas com maior autonomia;
- quando auxiliamos a estabelecer metas de curto e longo prazo e ensinamos a dividir tarefas grandes em partes menores, fazer lembretes, quadro de tarefas, etc.
Quando isso não se desenvolve da maneira que esperamos, geralmente os professores são os primeiros a sinalizar que algo não vai bem com a criança, muitas vezes ainda na educação infantil. Notam que a criança falha no desenrolar das atividades, mostram dificuldades em seguir instruções simples, concluir tarefas e identificam problemas de atenção, gerando problemas na sua aprendizagem como um todo.
Aí chega a hora da família construir uma parceria ainda maior com a escola, que terá uma papel fundamental na orientação, na exposição e no planejamento dos objetivos que são esperados para a criança naquela idade. Hora dos pais se abrirem para uma escuta atenta, rever posturas, reavaliar rotinas e colocar a criança no centro disso, como mais uma parceira para a busca de soluções possíveis e que poderão contribuir para a melhora no seu desempenho escolar. Hora de arrumar a bagunça!! E quando ela faz o encaminhamento para o psicopedagogo?
Tema da próxima postagem!! Como a psicopedagogia pode ajudar?
Até lá!
Daniela M. Leal
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